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Polícia investiga Oruam por tentativa de homicídio de delegado e policial

Oruam é transferido para Bangu e mantido isolado dos demais presos A 16ª DP (Barra da Tijuca) investiga Mauro Davi Nepomuceno dos Santos, o Oruam, por tentat...

Polícia investiga Oruam por tentativa de homicídio de delegado e policial
Polícia investiga Oruam por tentativa de homicídio de delegado e policial (Foto: Reprodução)

Oruam é transferido para Bangu e mantido isolado dos demais presos A 16ª DP (Barra da Tijuca) investiga Mauro Davi Nepomuceno dos Santos, o Oruam, por tentativa de homicídio contra um delegado e um oficial de cartório que foram até sua casa, no Joá, no início desta semana. O artista foi preso na terça-feira (22), após se entregar à polícia. Segundo o procedimento aberto na delegacia, Oruam e amigos jogaram pedras no carro onde estavam o delegado Moyses Santana e o oficial de cartório Alexandre Ferraz, que foram até a casa para tentar apreender um menor de idade que possui envolvimento com o tráfico de drogas. Oruam se entrega à polícia Kleyton Cintra/TV Globo d Na ocasião, Alexandre foi acertado por pedras duas vezes. Devido a isso, segundo a polícia, o menor de idade conseguiu fugir da ação policial. Foto de hematoma de um dos agentes após ser atingido por pedras jogadas por Oruam e amigos Reprodução A informação foi publicada inicialmente pela Folha de S. Paulo e confirmada pelo g1. Oruam foi indiciado por sete crimes (tráfico de drogas, associação ao tráfico, resistência, desacato, dano, ameaça e lesão corporal). Na tarde de quarta (23), a Justiça do Rio manteve a prisão do rapper. Na audiência, a juíza Rachel Assad da Cunha destacou que a audiência de custódia serve apenas para verificar a legalidade da prisão e eventuais maus-tratos, e que não cabe à Central de Audiência de Custódia (CEAC) rever decisões judiciais anteriores. Como não houve indícios de ilegalidade na prisão e o mandado foi considerado válido, a magistrada determinou a comunicação ao juízo responsável pelo caso. Oruam foi classificado pela Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) como um preso de “alta periculosidade” — o 3º nível em uma escala de 4. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias do RJ em tempo real e de graça Edgar Alves de Andrade, o Doca, procurado pela polícia por ser um dos suspeitos de chefiar invasões em comunidades do RJ Reprodução Posteriormente, o menor de idade, conhecido como "Menor Piu", se entregou à polícia. Segundo a Delegacia de Repressão a Entorpecentes, o suspeito apreendido era um dos maiores ladrões de carros do Rio e segurança de Edgar Alves Andrade, o Doca. Ele é um dos chefes do Comando Vermelho (CV) no RJ e “dono” do Complexo da Penha. O g1 procurou a defesa de Oruam, que respondeu que "Mauro não atentou contra a vida de ninguém, e isto será devidamente esclarecido nos autos do processo que trata dos fatos." Segundo a defesa, causa perplexidade saber " que houve a abertura de um inquérito sobre fatos apurados em outro flagrante cujo indiciamento fora de lesão corporal e que teve, como resultado pericial, a conclusão de que a lesão supostamente sofrida pelo policial não causou risco de vida." Posteriormente, a assessoria de imprensa do artista afirmou que "em momento de extremo desespero e legítima defesa", Oruam "jogou pedras nos mais de 20 carros descaracterizados que estavam em sua porta APÓS ser ameaçado de morte com armas de fogo, socos, chutes, empurrões, ter sua casa revirada e ser altamente agredido quando não oferecia nenhum tipo de resistência, sem qualquer justificativa legal". A defesa também ressaltou que ele se entregou às autoridades, e que a ação policial contra Oruam têm sido marcada por violações de direitos: "Desde o início, a ação policial têm sido marcada por violação dos procedimentos estabelecidos por lei, como a ausência de mandado judicial válido, uso de veículos descaracterizados e operações realizadas fora do horário permitido, fatores que configuram, em tese, abuso de autoridade (artigos 22 e seguintes da Lei nº 13.869/2019). Tal comportamento constitui uma afronta ao Estado Democrático de Direito, criando uma narrativa distorcida e ilegal, com o objetivo de criminalizar um artista que, na verdade, é um legítimo cidadão."

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